Pico da Ibituruna, Patrimônio de Governador Valadares
Darei início dizendo a todos da importância do Pico do IBITURUNA. Coloquei-o bem ao fundo de meu blog, para dizer do sentimento de pertence que este transmite ao povo desta cidade, emoção particular que só as pessoas daqui podem sentir, acredita-se que não exista uma só pessoa que viva ou tenha vivido em Governador Valadares que não compartilhe desta mesma emoção. Ao levantar pela manhã, faça sol ou chuva, esqueça de olhar para o PICO DO IBITURUNA, A IMAGEM está contida em todos daqui, ele é PATRIMÔNIO NATURAL,AMBIENTAL coisa dessa terra, LOCAL, mas também é do BRASIL, do MUNDO.
Ai então interroguei-me: PATRIMÔNIO MATERIAL OU IMATERIAL? Sabe-se com certeza QUE É PATRIMÔNIO LOCAL, é estimado por todos da cidade. O Ibituruna vai além, extrapola a fronteira do imaginário quando torna sagrado para o povo desta terra, e este passa a ter representatividade no sentimento, torna-se coisa particular, um objeto em paredes, quadros nas autarquias municipais, desenhado em cadernos por crianças em sala de aula, pintado em tela por artista, no comércio da cidade? É produto para alavancar as vendas, vira dinheiro! Nos olhares das lentes fotográficas em Máquinas buscam o ângulo matemático perfeito, na política é utilizado como cenários de campanhas eleitorais. Ele não tem gênero, O PICO DO IBITURUNA? A SERRA DA IBITURUNA? O MORRO DO IBITURUNA? Quando a noite cai, o que procuram observar lá no alto é a luz no topo, a coroa, então ele torna-se rei, sagrado.
Antes esse espaço pertencente à fauna e a flora, foi lugar dos Índios Botocudos que sofreram interferência externa, foi profanado, entendido no livro de Soares, aqui é lugar conhecido como o “Sertão do Rio Doce”, seqüência da mata atlântica, dominadas pelos índios Botocudos e Aimorés. Mas como quase todos os índios do Brasil, eles perderam as suas terras, desapareceram, podemos perceber que os Índios desta região também se foram, outros recebem adjetivos, tais como: “indolentes e traiçoeiros”; dizem que nesse lugar não existiam limites, nem leis ou governos; Com a chegada dos “desbravadores,” estes desapareceram, nesse processo ocorreu o “desenvolvimento do povoado”, a cidade, a “pedra negra”, transformou se Ibituruna estes são alguns nomes dado ao Pico.
Ma aqui pretende, e sim discutir o valor cultural que o Pico do Ibituruna possui para os habitantes da cidade, entender o sentido que este tem como Bem cultural, de natureza imaterial ou bem intangível do patrimônio, ele, é lugar de referencia local e regional conhecido. Pode ser acrescentar outros tantos valores que este tem para a população do lugar, tais como: local, ponto natural, potencial econômico, turístico, Religioso, dizer de sua importância na geografia, e suas muitas formas e forma de uma gente.
Não podendo esquecer que o Pico do Ibituruna vai, além disso; é elo de ligação entre o povo da cidade de Governador Valadares, esta associado à identidade, suas fronteiras vão alem da cidade, pode “viajar” em malas, nas bagagens em imagens, lembranças de uma fotografias, ele é memória de quem vai para outros lugares do mundo.
Sabe-se que ele foi um dia espaço, é esta escrito no livro de Ruthe Soares na página 2, “O maciço é negro, coberto por vegetação abundante, a mata é cerrada e nela vive espécie de animais desconhecidos dos viajantes portugueses”. Sendo ocupado tornou-se território, sofreu modificações pela ação humana, tais como: cercamento, queimadas, desmatamento, ocuparam-o, "dominaram" em parte, controlaram, tornou coisa, objeto, dessa gente.
