Patrimônio de Governador Valadares
...Ora, a obra de que uma sociedade que remodela,segundo suas necessidades, o solo em que vive é, todos instruem isso, um fato eminentemente “histórico”.... MARC BLOCH APOLOGIA DA HISTORIA OU O OFICIO DE HISTORIADOR p.52
Nesta cidade de Governador Valadares também existem marcas de um passado não muito remoto, o tempo dos tropeiros, grupo que por aqui passaram, e deixaram vestígios dessa passagem, UMA ARGOLA. Nela eram amarrado os burros e mulas, ali eram deixados o tempo necessário para tratarem as cargas e fazerem as compras que levariam de volta. E atualmente onde poderá ser encontrar este objeto de memória?Fica ali próximo a um "meio fio", limite entre a rua e a calçada, para ser mais exato e fácil de ser localizado, o endereço é na Rua Marechal Floriano, em frente a casa de número 1188. Aquele é um PATRIMÔNIO valadarense, se consiste em estar abandonado, desacreditado de sua importância como local de MEMÓRIA, é porque não colocaram nele uma placa, esqueceram de seu valor para a educação, o conhecimento dos jovens, evitando que estes conhecessem melhor a HISTÓRIA dessa gente, por esta falta de identificação não o faz menor ou diferente do PICO DA IBITURUNA, ele é símbolo de uma TEMPO em que o transporte era feito em lombos de mulas, burros e cavalos, cotidiano de uma era vivenciado por pessoas daqui, que moravam na cidade na quelas ocasião, quando estes animais podiam circular livremente pelas ruas, traziam e buscavam mercadorias, e ainda existia uma relação de comércio, compra e venda direta.
Alguns tropeiros vendiam alimentos trazidos da lavoura, roça, e ao chegar à cidade, compravam produtos indispensáveis ao campo, eram foices para fazer o roçado, machados, enxadas, tecidos, entre eles os listrados, "carne seca", as chitas com desenhos de flores bem colorido; também panelas de ferro, ferro de passar roupa, aquele onde colocava a brasa, ainda vermelha e ferraduras para a tropa.
Governador Valadares ainda não era uma cidade "grande" como a que conhecemos, era pequena, suas ruas de terra, hoje muitas estão asfaltadas, abarrotadas de veículos, que circulam de um lado para o outro, faltam lugares para estacionarem os carros, até mesmo ficou difícil um pedestre atravessar as ruas, problemas das grandes capitais, avanços esses entre outros deve-se ao aumento da indústria automobilística brasileira do século XX.
Alguns tropeiros vendiam alimentos trazidos da lavoura, roça, e ao chegar à cidade, compravam produtos indispensáveis ao campo, eram foices para fazer o roçado, machados, enxadas, tecidos, entre eles os listrados, "carne seca", as chitas com desenhos de flores bem colorido; também panelas de ferro, ferro de passar roupa, aquele onde colocava a brasa, ainda vermelha e ferraduras para a tropa.
Governador Valadares ainda não era uma cidade "grande" como a que conhecemos, era pequena, suas ruas de terra, hoje muitas estão asfaltadas, abarrotadas de veículos, que circulam de um lado para o outro, faltam lugares para estacionarem os carros, até mesmo ficou difícil um pedestre atravessar as ruas, problemas das grandes capitais, avanços esses entre outros deve-se ao aumento da indústria automobilística brasileira do século XX.
A ARGOLA É UM PATRIMÔNIO CULTURAL DA CIDADE, MEMÓRIA. SÍMBOLO, DE UM TEMPO na cidade onde existiram pessoas que ficavam inquietas nas portas a esperar pelo toque do CINCERRO do BURRO ou MULA guia, objeto levado pendurado no pescoço daquele animal que ia bem a frente da tropa, este diferenciado dos outros, por ser todo enfeitado, a ele era dado tratamento especial, colocavam peitoral de prata, considerado comissão de frente do desfile, o "cartão de visita" do tropeiro, da chegada da tropa, comitiva e das novas mercadorias, este animal trazia em sua indumentáia identificavam o poder econômico do dono dessa tropa.
Os TROPEIROS chegavam à cidade cansados, durante semanas de viagens pernoitavam em RANCHOS, nestes alimentavam-se e davam de comer a TROPA. O RANCHO mais conhecido pelo Senhor Joaquim Inês, tropeiro daquela época, localizava-se nas imediações do PONTAL, era o do MANASEZO, nome assim conhecido pelos outro tropeiros da região. Este RANCHO ficava perto da cidade quem dormia lá soltavam seus animais para pastorear livremente pela fazenda do ministério. Quem lá dormiam, chegavam cedo à cidade, de manhãzinha, ao raiar do dia, eram os primeiros a vender o que traziam, algumas vezes vendiam tão rápido suas mercadorias, que retornavam no mesmo dia. Outros no entanto, permaneciam, era a oportunidade de conhcer outros tropeiros vindos de outras regiões do Brasil, o comum entre eles, eram as trocas de objetos, informações, notícias, ou uma boa oportunidade para livrar-se de um burro fujão, negocio que era conhecido como barganha.
No momento de voltar para casa, alguns tropeiros não se esqueciam de levar os minos, "as coisas da cidade", em meio a tantas novidades, não poderiam esquecer os biscoitos, pães, e para as crianças, os filho, levavam a bala da abelhinha, aquela embrulhada com um papel e nele a marca, o desenho de uma abelha.
Mas existiam outros RANCHOS: como o de uma dona chamada MARIA, local também proximo do PONTAL, quando deste se lembram os tropeiros. Dão gargalhadas, as noites de lá eram animadas, MARIA, mulher corajosa, destemida, se provocada por algum tropeiro inconveniente, a mulher desafiava-o para um TRUCO, se o “desajuizado” aceitasse o jogo, acabava voltando para casa com os bolsos vazios.
No momento de voltar para casa, alguns tropeiros não se esqueciam de levar os minos, "as coisas da cidade", em meio a tantas novidades, não poderiam esquecer os biscoitos, pães, e para as crianças, os filho, levavam a bala da abelhinha, aquela embrulhada com um papel e nele a marca, o desenho de uma abelha.
Mas existiam outros RANCHOS: como o de uma dona chamada MARIA, local também proximo do PONTAL, quando deste se lembram os tropeiros. Dão gargalhadas, as noites de lá eram animadas, MARIA, mulher corajosa, destemida, se provocada por algum tropeiro inconveniente, a mulher desafiava-o para um TRUCO, se o “desajuizado” aceitasse o jogo, acabava voltando para casa com os bolsos vazios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOARES, Ruth. Memórias de uma cidade.
TINHORÃO, José Ramos. Música Popular: um tema em debate 3º ed.
VAZ, Anita. Frutos de Uma Figueira. Vol 1
MARC BLOCH Barc Leopordo Benjamin,1886-1944
APOLOGIA DA HISTORIA OU O OFICIO DE HISTORIADOR.
LUCIA, Vera Amaral Ferlini, A Civilização do açúcar.
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