segunda-feira, 19 de março de 2012

A FOLIA DO CARNAVAL



                             
Foto cedida pelo Museu Municipal de Governador Valadares Tema: O Povo na Avenida Minas Gerais















                             
A FOLIA DO CARNAVAL

Existe um tempo diferenciado no calendário brasileiro: o antes e o depois do carnaval. Com o passar dos tempos, o povo se organizaram das mais diversas formas para brincá-lo. Surgiram Cordões, Zé Pereira, Ranchos, Escolas de Samba, Blocos, Frevo, Bandas, Trios Elétricos, Afoxés. 
No Brasil comemoram-se o carnaval em quase todas as cidades. O  maior e mais mais famoso dos carnavais brasileiros é o do Rio de Janeiro, pela sua  rica indumentária é de muita beleza, e tem prestígio internacional, e nele desfilaram e desfila pessoas de todos os segumentos sociais. Mas o rito  carnavalesco estave presente em outras culturas, foi e é muito importante para outros povos, culturas e crenças diferentes. (DELPRIORE, 2005, p. 16).
O carnaval, é uma festa de grande aceitação popular, as religiões tiveram que incluir em seus calendários o festejo. O Cristianismo associou o carnaval à Quaresma, que antecede o tempo da Páscoa; no judaísmo a festa de Purim, em homenagem à rainha Éster; o Islã situou as mascaradas no início móvel do seu ano lunar. As três festas seguem firmemente inscritas no tempo religioso, mas aparecem, em diferentes graus, como fragmentos ou parentesco pagãos.

Observa-se que este festejo do carnaval faz parte do cotidiano e dos costumes do povo brasileiro há muito tempo. Ele está associado à abstinência da carne: “carni”(carne) “vale” (adeus). O carnaval seria um ritual de adeus à carne, já o" “entrudo” ou ”intrudo” deriva do latim “introitu”, entrada ou princípio. A festa do “entrudo” seria a entrada da quaresma, é associada a um rito comportamental e cultural que não estava restritamente reservado aos homens, mas também dela fariam e faz parte às mulheres. O “entrudo” foi trazido para o Brasil pelos imigrantes portugueses das lhas da Madeira e Açores em 1827, aos poucos, lentamente, foi mudando, transformou no carnaval tido e conhecido como a festa mais bela do Brasil. Pode-se dizer que é o maior ritual festivo popular brasileiro, dizem que ele é tão importante que "tudo", o "ano", "o trabalho,"  'as aulas" neste país começam depois do carnaval. É um marco cultural nessa terra, desde os tempos coloniais até a República.
No passado, o carnaval brasileiro foi comparado, ou mesmo confundido, a uma festa que era caracterizada pela desordem social, permissível. Aqui, a festa do carnaval é um tempo diferente no calendário, sendo possível fazer quase tudo que não é permitido em outros tempos. Pode acontecer liberação, mudança no comportamento individual, sexual, os desejos dos foliões afloram, algumas pessoas libertam-se de "preconceitos" e restrições contidos em outras épocas do ano. Vestem roupas com estampas floridas, cores alegres, expressam felicidade que não  aparecem  em outro período do ano, saem de suas casas, dão gargalhadas pelas ruas, cantarolam,  namoram e apaixonam, é possível que alguns infrinjam a lei do silêncio, o sagrado torna-se profano. 
José Carlos Sebe (1986, p. 9-11)
 A origem do carnaval pode estar na Antigüidade egípcia e outra nos nossos dias. Está “nos segredos de um baile de mascaras ou na mitologia, ligada a figura dos deuses apaixonados,” Íris, Osíris após conquistado e de amor entre os dois, Osíris morre, a tragédia resulta na germinação. O culto de fertilidade a natureza, Íris sobrevivente do amor, é forte, protetora da natureza, recebe homenagens dos mortais, rendem graças à vida. Os mortais dançavam brincavam, festejavam para que as sementes do amor que caíram sobre a terra, crescem. A fecundidade, fertilidade, reformando a cada ano, formando o ciclo da vida. O carnaval é um culto a fêmea, mulher, a terra, a gestação, a mãe natureza. O tempo da alegria pela vida.


É  uma festa cultural, nacional, o sambas enrredos canavelescos cantam e dançam  esse amor entre os dois.

REFERNCIAS BIBLIOGRAFICA

SEBE, José Carlos. Carnaval, Carnavais. São Paulo: Ática, 1986
DEL PRIORE, Mary (org.) História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000.



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